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A diretoria da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) está finalizando relatório para ser apresentado na próxima semana à presidente da Petrobras, Graça Foster, com um diagnóstico da inadimplência no setor de máquinas para óleo e gás.
Segundo o presidente-executivo da entidade, José Velloso Dias, até o momento o cálculo mostra que há um calote de R$ 200 milhões dos EPCistas, que são as empresas contratadas pela Petrobras e que compram as máquinas dos fabricantes. "Esse número é certamente maior, pois os dados só foram coletados com 30 fabricantes de máquinas", afirmou.
Velloso destacou que na Abimaq aproximadamente 400 empresas fornecem para a Petrobras direta ou indiretamente. "E pelo menos 120 estão sendo bastante afetadas pela crise da empresa", afirmou. A reunião entre Abimaq e a presidente da estatal está marcada para quarta-feira, 4, na sede da Petrobras no Rio, às 10 horas.
O executivo destacou que a crise com os fornecedores da empresa começou antes da Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção na estatal.
"Coincidentemente começou quando Graça assumiu a presidência (em fevereiro de 2012) e disse que iria rever e dificultar a concessão de aditivos", afirmou, ressaltando que a mudança prejudicou muitos fornecedores.
Para Velloso, a expectativa é de que a presidente da Petrobras encontre uma saída para evitar uma quebra generalizada na cadeia de fornecedores. "É preciso cuidar da saúde dos clientes, mas também para uma empresa ter segurança ela precisa cuidar de seus fornecedores", afirmou.
O executivo disse ainda que a estatal precisa dar uma resposta, "pois ela está dentro do problema". Segundo ele, a Petrobras não vem cumprindo o que havia prometido e muitos fornecedores estão sem perspectivas. "Eles (da Petrobras) vão ter que dar uma assistência para a cadeia de fornecedores."
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