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A FCA, ou Fiat Chrysler Automobiles, promete seis lançamentos entre 2015 e 2016 de carros produzidos no Brasil. Serão quatro novos Fiat e dois Jeep, segundo informou Cledorvino Belini, presidente da corporação para a América Latina. Ele também acrescentou que a Jeep, marca do Grupo Chrysler que, com a chegada de seu primeiro produto nacional, o Renegade, passará por substancial crescimento da rede de concessionárias, saltando das atuais 45 para 200 lojas até o fim do próximo ano.
Logo após a compra de 100% das ações da Chrysler pela Fiat, que resultou na criação da FCA, em janeiro deste ano, foi apresentado o plano estratégico mundial da companhia para o período de 2014-2018, em maio passado, no qual está prevista produção de três veículos na nova fábrica de Goiana (PE), que está com 98% das obras prontas e inicia suas operações no primeiro trimestre de 2015, após receber investimentos de R$ 4 bilhões para produzir até 250 mil unidades/ano. “Será a mais avançada e eficiente fábrica da FCA no mundo”, garante Belini.
O primeiro carro de Goiana, como já é amplamente conhecido, será o utilitário esportivo pequeno Jeep Renegade, a ser lançado no fim de março próximo. O segundo, ainda em 2015, é a primeira picape média da Fiat, que concorrerá com modelos como Ford Ranger e Chevrolet S10. Os contornos da nova picape já foram mostrados no estande da Fiat durante o último Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro passado, sob a forma do carro-conceito FCC4, apresentado como um SUV. Para 2016 está programada a produção em Pernambuco de um novo crossover pequeno da Fiat, que poderá substituir o Idea, mas que também pode dar origem a outro Jeep ou Dodge, outra das marcas do Grupo Chrysler.
A antiga fábrica de Betim (MG), que já produziu 14 milhões de veículos desde 1976 e é a maior da FCA no mundo, também passa por substancial expansão e modernização. Já pode montar até 950 mil unidades/ano, após a finalização da maior cabine de pintura da América Latina, com capacidade para 180 carros/hora, instalação de novos robôs na funilaria, nova linha automatizada de prensas e adoção de transportadores aéreos entre as áreas de produção, que evitam a circulação de 1,6 mil veículos de suprimentos que antes rodavam todos os dias no interior da planta mineira.
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De Betim também devem sair algumas novidades em 2015, como o novo subcompacto de entrada da Fiat, para substituir a lacuna deixada pelo Mille e ocupada no memento pelo Palio Fire. No início do ano que vem será lançado o hatch médio Bravo renovado e pode se esperar, ainda, algumas atualizações na família Palio.
Mercado
Belini reconhece que 2014 foi um ano difícil para o setor automotivo no Brasil e que 2015 deve ser parecido. Mas o executivo destaca que, mesmo sob cenário adverso, a Fiat conseguiu manter e ampliar sua liderança do mercado brasileiro pelo 13º ano. Ele já soma todas as marcas do grupo FCA na sua conta de market share, que ainda com mínima participação das marcas da Chrysler chega a 21,3% de janeiro a novembro, bem à frente da General Motors (17,5%), Volkswagen (17,3%) e Ford (9,2%).
Embora as projeções apontem para estagnação ou mínimo crescimento em 2015, para Belini é preciso olhar mais adiante: “Ainda temos 5,1 habitantes por carro no Brasil e as projeções da Anfavea mostram que esse índice deve cair para 2,4 nos próximos 20 anos, quando deveremos ter um mercado-base de 7,4 milhões de veículos por ano. É por causa desse mercado tão promissor que estamos investindo tanto”, destacou.
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