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Será que dentro da própria organização não haveria recursos disponíveis e pessoal que poderia desempenhar essas atividades de administração e controle das ferramentas disponíveis no ambiente produtivo? Qual seria o grande diferencial ou benefício entre se ter ou não, um gerenciador de ferramentas dentro da organização?
Na verdade, descrevendo em poucas palavras, trata-se de uma questão de: “foco no trabalho”. Usualmente o gerenciador de ferramentas, conta com recursos e técnicas próprias de gerenciamento que se aplicados corretamente, potencializam a aplicação e o uso das ferramentas de corte na usinagem dos produtos. Além disso, o fato de controlar e monitorar ferramentas não faz parte do core-bussiness das empresas do segmento de usinagem, ou seja, o foco do trabalho dessas empresas deve estar no aprimoramento dos recursos disponíveis, como mão de obra, equipamentos, máquinas, etc., para produzir melhor e com maior competitividade. Certamente investir em controle próprio sobre utilização e aplicação de ferramentas de corte, não é o objetivo principal das empresas do ramo de usinagem e, portanto, para se tornarem mais competitivas, estão passando essa responsabilidade para as empresas especialistas no negócio de ferramentas.
O corpo técnico das empresas, que era responsável por dedicar boa parte do tempo para tratar do assunto ferramentas de corte dos processos de fabricação, foi bastante afetado no decorrer dos anos com a reestruturação e com as novas filosofias de trabalhos adotadas pelas empresas, como meio de redução custos. Isso resultou no enxugamento da mão de obra disponível. Hoje, os técnicos ou engenheiros de processos das empresas (em número de pessoas bem menor que outrora) são os responsáveis pelo produto desde o desenvolvimento e criação até o acompanhamento após try-out na produção. Simultaneamente estes profissionais são responsáveis também por monitorar as capacidades das máquinas operatrizes, desenvolver e acompanhar processos, checar as condições dos dispositivos de fixação, fazer orçamentos, calcular tempos de usinagem, fazer balanceamento de linhas, desenvolver e solicitar a compra dos meios de inspeção, utilizar as ferramentas da qualidade para solucionar problemas, preencher os requisitos exigidos pelas normas da qualidade, receber visitantes, realizar testes de fabricação, participar de reuniões e obviamente cuidar das ferramentas de corte.
A conclusão é que o tempo gasto por esses especialistas, para cuidar especificamente das variáveis pertinentes às ferramentas de corte, ficou bastante reduzido, fato este que vem gerando problemas na produção, devido à falta de acompanhamento adequado para esse item que é de extrema importância para o processo de usinagem.
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A fim de tentar minimizar a situação, a empresa usuária dos itens de ferramentas de corte, vem buscando o auxílio das empresas fornecedoras de ferramentas para suprir parte dessa necessidade. O gerenciamento de ferramentas tem vindo ao encontro a esse objetivo, na forma de prestação de serviços. A partir dessa observação, pode-se apontar uma outra tendência de mudança na forma de trabalho, visto que, muitas tarefas que eram ou são de responsabilidade dos departamentos técnicos, estão gradativamente sendo transferidas para os fornecedores ou gerenciadores de ferramentas, é o caso do desenvolvimento de projetos de ferramentas, da elaboração de desenhos, do acompanhamento técnico na produção, da atualização das listas de ferramentas, da realização de testes de ferramentas e dos estudos de custo-benefício, entre outros.
Conclui-se assim que, dentre os motivos que justificam o interesse das empresas em estarem procurando pelo serviço de gerenciamento de ferramentas, destaca-se o desejo das empresas clientes em transferir a responsabilidade pela administração do ferramental, às empresas possuidoras de know-how sobre o assunto, com estrutura própria para atendimento adequado às necessidades da empresa cliente. O objetivo principal dessa decisão é o de propiciar, através do trabalho dessas empresas contratadas, a melhoria do controle e da aplicabilidade das ferramentas, a fim de buscar o aumento da eficiência do processo produtivo, e conseqüentemente, obter a redução dos custos nos processos de fabricação. Visa também, permitir que a empresa cliente concentre seus esforços, tempo e aplicação de recursos, para otimizar a atividade fim do negócio.
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