Fonte: CIMM com informações dos pesquisadores Marcio Bacci da Silva e Karin Borsato.
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Um projeto de pesquisa conjunto da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) e Universidade Estadual Paulista (UNESP) está desenvolvendo Sistemas de Diagnóstico das Condições da Usinagem pela Geometria do Cavaco.
Os professores envolvidos no projeto são: Alisson Rocha Machado (Dr., UFU), Alexandre Mendes Abrão (Dr., UFMG), Marcos Valério (Dr., UNESP), Karin Borsato (Dra., PUC/PR) e seus alunos de mestrado e iniciação científica, que analisarão a usinagem do aço inox ABNT 304 e de uma liga de Níquel. Futuramente será analisado o ABNT 316.
A intenção é analisar as características de cavacos produzidos sob várias condições e ferramentas de corte, para estabelecer relações entre estas condições e as características do cavaco depois de pronto. No caso do aço inox 304, as velocidades de corte analisadas são de 125, 130, 150, 160 e 170 m/min. As outras condições são mantidas constantes: avanço de 0,15 mm/volta e profundidade de 1,0 mm.
Este estudo vai possibilitar determinar o nível de desgaste de uma ferramenta de usinagem através de um método que evite a interrupção do processo de corte, como uma alternativa para evitar custos adicionais e a diminuição da produtividade.
“Como todo processo de formação do cavaco gera deformação e acréscimo de temperatura, algumas características do cavaco (tipo, forma, coloração, etc.) podem ser relacionadas diretamente ao desgaste da ferramenta”, diz o professor Marcio Bacci da Silva, professor da UFU.
Os resultados do teste com o aço inox 304 serão divulgados através de uma dissertação até o final do mês. Investigações com outros materiais continuarão sendo feitas até 2008.
O projeto de Desenvolvimento de Sistemas de Diagnóstico das Condições da Usinagem pela Geometria do Cavaco está orçado em aproximadamente R$ 20.000,00, que serão utilizados em diárias, passagens e material de consumo.
Esta pesquisa é apoiada pelo Instituto Fábrica do Milênio, que incentivou a colaboração de pesquisadores de outras instituições no projeto “Não apenas colaboração pessoal, mas a utilização de infraestrutura laboratorial de várias instituições”, disse Márcio “Além de incentivar o desenvolvimento de pesquisas que podem melhorar o setor produtivo do país”.