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O Instituto Aço Brasil (IABr), que representa as siderúrgicas instaladas no país, cortou nesta segunda-feira (11) as perspectivas para produção e vendas de aço no mercado interno, após quedas no volume produzido e na comercialização até julho.
A entidade, que havia dito em abril que esperava alta de 5,2 por cento na produção de aço bruto do Brasil este ano, cortou a projeção para queda de 2,5 por cento, a 33,3 milhões de toneladas. Na época, o IABr já admitia a possibilidade de cortar a estimativa diante da performance da economia.
Já a projeção para as vendas de aço no país em 2014 passou a 21,7 milhões de toneladas, recuo de 4,9 por cento sobre 2013. A previsão anterior para essa linha era de alta de 4,1 por cento.
As projeções seguiram-se à divulgação de novos números fracos de vendas do setor em julho. No mês passado, a produção subiu 0,5 por cento ante igual etapa de 2013, para 2,929 milhões de toneladas. Já as vendas do insumo caíram 10,2 por cento na mesma comparação, para 1,739 milhão de toneladas.
No acumulado dos primeiros sete primeiros meses do ano, a produção caiu 1 por cento ante mesma etapa do ano passado, para 19,678 milhões de toneladas, enquanto as vendas recuaram 6 por cento, para 12,467 milhões de toneladas.
Manutenção de preços
Mesmo com a forte queda nas vendas, refletindo o ambiente de fraqueza econômica e importações elevadas, o presidente do grupo ArcelorMittal Brasil afirmou não enxergar motivos para a companhia reduzir preços no mercado interno.
Falando a jornalistas, Benjamin Baptista, afirmou que o setor siderúrgico trabalha com perspectiva de desvalorização do real até o fim do ano, o que deve ajudar a conter a entrada de material produzido no exterior.
"Não tem razão nenhuma para mexer agora", afirmou.
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