Construtora sueca Skanska desiste do Brasil e da Argentina

Empresa presta serviços para a Petrobrás na construção do complexo petroquímico do Rio de Janeiro.

A construtora sueca Skanska anunciou que vai reduzir suas atividades na América Latina após registrar perdas milionárias em vários projetos no Brasil e Argentina.

Sediada em São Paulo desde os anos 90, a empresa atua no ramo de serviços de construção e montagem de plantas industriais, centros de refinação, geração de energia e transmissão elétrica.

A empresa é prestadora de serviços da Petrobrás na construção de uma unidade de destilação atmosférica no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

O resultado das operações da companhia no segundo trimestre será afetado negativamente em cerca de US$ 73 milhões pela amortização de plantas energéticas no Brasil e uma petroquímica na Argentina.

As amortizações vão ocasionar uma carga negativa de US$ 56 milhões, enquanto a quantidade restante está vinculada a custos estruturais, informou a construtora em um comunicado distribuído nesta quinta-feira (10).

"O tamanho das operações na América Latina será reduzido de forma significativa. O foco será transferido para negócios operacionais e de manutenção", afirmou a companhia.

A Skanska tem 57 mil funcionários em vários países da Europa, Estados Unidos e América Latina, e no ano passado registrou um lucro operacional de US$ 748 milhões.

No ano passado, a Skanska destacou o executivo Alfredo Collado para presidente e CEO na América Latina, no lugar de Hernán Morano, que deixou a companhia.

Nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, a Skanska constrói uma unidade que terá capacidade para processar 150 mil barris por dia. Todo o óleo cru que vai entrar na nova refinaria passará pela unidade, onde serão destilados em diferentes componentes para diferentes unidades de processamento.

A Skanska, com 40% de participação, lidera o consórcio SPE, que conta com participações da Promon e Engevix. 


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