São Paulo atinge mecanização de 83% da colheita da cana em 2013/14

A entidade considera apenas os canaviais controlados por usinas no Estado, praticamente 100% já realizam a colheita de forma mecanizada.

Resultado de transformações que começaram em 2006, o setor sucroalcooleiro do Estado de São Paulo, encerrou a última safra, a 2013/14, com um percentual de 83% da área colhida de forma mecanizada, segundo informações da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

A entidade destaca ainda que considerando-se apenas os canaviais controlados por usinas no Estado de São Paulo, praticamente 100% já realizam a colheita de forma mecanizada. A cana colhida com queima caiu de 27,4%, na safra 2012/13, para 16,3% na safra 2013/14, o que corresponde a uma área de cerca de 780 mil hectares.

Com uma produção de 371 milhões de toneladas de cana, São Paulo responde por 51% da produção de etanol do país e por mais de 16% da produção de etanol no mundo.

O aumento da mecanização teve uma influência, segundo a Unida, o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, firmado entre setor privado e governo do Estado de São Paulo, que previu a antecipação voluntária dos prazos legais para o fim da queima controlada da palha da cana nos canaviais paulistas. As signatárias do Protocolo são responsáveis por aproximadamente 94% da produção paulista e 48% da produção nacional de etanol.

Dados das Secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura do Estado de São Paulo indicam que sete milhões de hectares de cana deixaram de ser colhidos com uso do fogo na safra 2013/14.

Com isso, 26,7 milhões de toneladas de poluentes deixaram de ser emitidas, assim como 4,4 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEEs), algo equivalente à emissão anual de 77,5 mil ônibus movidos a diesel, conforme informações da Unica.

O início da safra 2014/15 é o prazo final para a eliminação do uso do fogo nas áreas planas, em que as máquinas podem operar. Para as demais áreas, com inclinação superior a 12 graus, o prazo de referência é a safra 2017/18.


Continua depois da publicidade


Para os fornecedores, a safra 2014/15 é o prazo para eliminação da queima em áreas mecanizáveis acima de 150 hectares e 2017/18, em áreas não mecanizáveis e menores que 150 hectares.

Segundo a Unica, o consumo de água na indústria canavieira paulista está em 1,18 metros cúbicos por tonelada. “Com a adoção da mecanização e o aprimoramento dos processos industriais, a perspectiva para a safra atual (2014/15) é que o setor atinja o índice de 1 metro cúbico por tonelada de cana processada”, projetou a Unica.