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A 30ª edição da Mecânica começa com movimento intenso nos corredores do Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. Com a expectativa de receber cerca de 100 mil visitantes durante os quatro dias de exposição – 20 a 24 de maio –, o evento conta com a participação de aproximadamente duas mil marcas.
Nesta manhã, durante a solenidade de abertura, a palestra do economista Paulo Rabello de Castro sugeriu mudanças no plano econômico nacional, como a criação de um ICMS compartilhado nacional e um Fundo Gestor de Tributos, dispositivo já existente na Lei de Responsabilidade Fiscal, contudo sem regulamentação no Congresso. “É possível mudar sim, mas é preciso que nos organizemos”.
O presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, deu atenção à pujança da indústria nacional frente ao pessimismo generalizado no país. “Nosso setor exporta 30% de seu faturamento. Como é que não somos competitivos? Mas nossas reivindicações junto ao governo continuam. Não somos contra a exportação de commodities, mas a balança comercial não pode depender 70%, 80% somente disso. Batemos recorde de arrecadação no Brasil, e só no ano passado R$ 100 bilhões deixaram de ser produzidos aqui dentro”. A feira acontece em um momento em que a indústria nacional consegue exportar em média US$ 1,2 bilhão/mês, de acordo com a Abimaq.
Presente na abertura da feira, o secretário de Estado da Fazenda de São Paulo, Andrea Sandro Calabi, acredita que esse é um momento de transformação de indústrias, e o papel do estado como arrecadador é o de buscar dinamismo. “O Estado de São Paulo investiu, até este mandato do Alckmin, R$ 80 bilhões em infraestrutura, e desse montante R$ 38 bilhões foram destinados à mobilidade urbana. Tudo isso depende de máquinas e equipamentos”. Claudio de Oliveira Torres, diretor financeiro e de Negócios da Desenvolve SP – Agência de Fomento Paulista destacou os diversos fundos de financiamento oferecidos pelo órgão, em equities, investimentos e capital. “Procuramos principalmente empresas que queiram inovar. Somos a única agência de fomento com acordo com o Finep, e linhas com dois anos de carência e 5% de juros ao ano”.
Juan Pablo De Vera, presidente da Reed Exhibtions Alcantara Machado, comentou a tradição da Feira da Mecânica no cenário industrial do Brasil. “Desde sua criação em 1959, por Caio Alcântara Machado, a Feira da Mecânica contribui para o desenvolvimento do país, e a inovação está presente em cada estande desta edição. São duas mil novas marcas e mais de 100 mil compradores”.
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