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Atendendo uma solicitação da presidente Dilma Rousseff ao Ministério das Cidades, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) adiou na semana passada mais uma vez a inclusão obrigatória de rastreadores nos veículos vendidos no País, norma que estava prevista para entrar em vigor a partir de 30 de junho próximo, após vários adiamentos desde a criação da medida, em 2007. A obrigatoriedade foi postergada por mais 24 meses, segundo a Resolução 485 do Contran publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira, 8.
Dilma teria aceitado o argumento de que o equipamento deve ser opcional e atendeu ao pleito das montadoras, feito em reunião no fim de abril. Os fabricantes alegaram que a medida iria encarecer desnecessariamente os carros, o que poderia aprofundar ainda mais a queda nas vendas. Outra argumentação que pesou a favor das montadoras é de que o rastreador viria desativado e o consumidor precisaria comprar o serviço de rastreamento para fazer o sistema funcionar. Assim muitos iriam adquirir o produto sem de fato usá-lo.
Quem não gostou nem um pouco do novo adiamento foram os fornecedores de rastreadores. Segundo calculam fontes ligadas ao setor, os fabricantes do equipamento no País estavam investindo quase R$ 400 milhões para desenvolver produtos e linhas de produção, com o objetivo de atender à demanda extra que seria gerada pela obrigatoriedade de instalação em todos os veículos.
No fim de 2013, usando o mesmo argumento do aumento de preços, as montadoras tentaram adiar a obrigatoriedade de inclusão de airbags frontais e freios com ABS em 100% dos veículos vendidos no País a partir de janeiro deste ano. Daquela vez, no entanto, por se tratar de equipamentos de segurança, houve reação negativa de entidades da sociedade civil e o Contran barrou a tentativa de prorrogação. Desta vez, como não houve manifestações contrárias conhecidas, os rastreadores foram novamente empurrados para frente.
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