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O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou na manhã desta segunda-feira, 28, que a necessidade de fortalecer as exportações do setor e as conversas com o governo argentino estão na pauta do encontro que ele tem previsto para 28/04 com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges, em Brasília (DF). "Esta é a agenda. Estamos trabalhando bastante com o governo brasileiro para restabelecer o fluxo de comércio com a Argentina", disse durante sua participação no V Fórum da Indústria Automobilística, em São Paulo.
Segundo Moan, o mercado interno brasileiro diminuiu 2,1% no primeiro trimestre de 2014 ante igual período do anterior, o que, em números absolutos, representa uma queda de 18 mil unidades vendidas. "Ainda nos mantemos como o quarto maior mercado do mundo", explicou. A maior preocupação, de acordo com o presidente da Anfavea, é o desempenho das exportações, que recuaram 32% na mesma base de comparação. "Essa redução de 32% significa uma queda de quase 5% na produção, esse é o grande ponto em que estamos nos concentrando."
Sobre as medidas que poderiam ser adotadas para destravar as exportações, ele confirmou que uma das soluções estudadas com o governo brasileiro é a implantação de uma linha de financiamento do Brasil para a Argentina, para driblar o problema de falta de divisas vivido pelos argentinos. Moan, no entanto, não deu detalhes sobre as negociações. "As exportações de grãos da Argentina já recomeçaram e nossa perspectiva é que em junho ou julho essa questão das divisas já tenha melhorado", revelou.
Moan afirmou que, embora o cenário de curto prazo do setor automotivo não seja positivo, tampouco é "extremamente ruim ou pessimista, como muitos analistas têm colocado". Ele explicou que as margens das empresas estão cada vez menores, e que esta vem sendo uma condição para manter o ritmo de trabalho e produção.
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Ele disse ainda que a Anfavea não pretende mudar agora suas estimativas para este ano. Segundo Moan, o mercado argentino é um ponto-chave nessas projeções. Como há reuniões previstas com o governo do país vizinho ainda esta semana para tentar destravar as exportações brasileiras, é prudente esperar. "Vamos aguardar um pouco a queda da volatilidade. Não tenho problema em rever projeções, mas não gosto de ficar mudando a toda hora", afirmou. "Se viermos a fazer (revisões), melhor que elas sejam feitas com embasamento."
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