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Depois do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial reduzirem as estimativas de crescimento da economia brasileira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou na sexta-feira, 11, nova projeção para o indicador, que caiu de 2,1% para 1,8% este ano. Além do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), a CNI reduziu a projeção dos principais indicadores econômicos. As estimativas estão no Informe Conjuntural, relatório trimestral da CNI. A estimativa de crescimento da indústria caiu 2% de para 1,7% e a projeção dos investimentos foi reduzida de 5%, em dezembro, para 2,5% em março.
A CNI atribui a perspectiva pessimista a fatores como o “longo ciclo da alta dos juros, com a adoção de uma política de aperto monetário intensa pelo Banco Central, a reversão de algumas desonerações tributárias, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, a provável intensificação do custo de produção, por causa do encarecimento da energia elétrica (pelo déficit hídrico) e dos insumos importados (pela desvalorização cambial)".
O Informe Conjuntural do primeiro trimeste de 2014 também destaca o cenário atual, que, para os técnicos da CNI, indica incertezas na economia, com a queda de confiança dos empresários e, em consequência, queda na disposição de investir.
Para a CNI, o ano de 2014 começou com bons resultados, como o crescimento da produção industrial no primeiro bimestre, atribuído em parte ao maior número de dias úteis em fevereiro, com o feriado de carnaval caindo em março, mas esse ritmo não deve ser mantido no resto do ano.
O estudo da Confederação Nacional da Indústria reviu também a estimativa de inflação, de 6%, em dezembro, para 6,4% em março, bem próxima do teto da meta, 6,5%. No setor externo, a CNI reestimou o superávit da balança comercial, que caiu de US$ 9 bilhões em dezembro passado para US$ 1,5 bilhão em março. O relatório manteve, contudo, a previsão da taxa nominal de câmbio em R$ 2,35 na média de 2014.
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