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Durante a solenidade de abertura da 5ª ExpoAlumínio – Exposição Internacional do Alumínio, o presidente do conselho diretor da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Tito Martins, louvou a abrangência do Seminário e Congresso do evento, e apresentou os números de crescimento do setor. “Na última década nossa indústria cresceu em um ritmo de 8%, e em 2013 crescemos mais 5%. A previsão geral para 2014 é de 5,2%, número impulsionado principalmente pela indústria de transportes e embalagens. Nossa produção é mais do que suficiente para a demanda, mas precisamos proteger nossos transformados”. A Expoalumínio 2014 acontece de 1º a 3 de abril, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo e é promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado e realizada pela Abal.
O professor de economia Fernando Garcia, da FGV, que realizou estudo para a Abal a respeito do futuro da indústria do alumínio mostrou que, entre os principais fatores de alto crescimento, estão o aumento de crédito e a recuperação da capacidade de investimento pelos governos. Um dos exemplos foi o crédito do BNDES, que subiu 22,3% em 2013 em uma expansão de 15,7% ao ano desde 2006. “Houve uma mudança de foco na indústria para a área de serviços – acrescentou Garcia – e o consumo das famílias migrou, focando-se em gastos de moradia”. A pesquisa do professor mostrou que em 2013 a renda média no Brasil subiu cerca de 4,5% acima da inflação. Com o investimento em construção, a indústria de alumínio ganhou outro fôlego. “Mas é importante dissociar consumo de produção. Para a indústria de transformação, o crescimento foi de 1,6% em 2013”.
Segmentos tiveram números vultosos apresentados pela pesquisa. Em 2013, o alumínio para construção civil cresceu quase 10%, em embalagens, 8%; nos transportes, cerca de 7% - capitaneado pela alta da produção de ônibus e caminhões. Nos bens de consumo, cerca de 2%. Para 2014, o mercado de alumínio deve ser alavancado pelas chapas (9,7%), folhas (7,2%) e extrudados (4,3%). A média foi calculada em 5,2% de crescimento.
A exposição das empresas na Expoalumínio 2014 acontece das 11h às 20h e o congresso e seminário das 9h às 18h. Ao todo são 170 marcas nacionais e internacionais de países como Alemanha, Canadá, China, Espanha, EUA, França, Irlanda, Itália, Suécia e Taiwan, distribuídas em 12 mil metros quadrados de exposição. Serão mais de 100 palestras divididas no 6º Congresso Internacional do Alumínio e 12º Seminário Internacional de Reciclagem do Alumínio.
Para empresariado, é preciso investir no produto final e cobrar competitividade para o País
Ainda na solenidade de abertura, a mesa de presidentes foi composta por Aquilino Paolucci, presidente da Alcoa para América Latina e Caribe; Tadeu Nardocci, presidente da Novelis para a América do Sul; Tito Martins e Paulo Magalhães, vice-presidente da Abal. Apesar da alta probabilidade de o Brasil se tornar importador de alumínio primário, Paolucci reforçou o compromisso da empresa no país. Uma das provas é o investimento de US$ 40 milhões planejados para Itapissuma (PE), com intuito de aumentar produção de folhas de alumínio. Além disso, segundo o executivo, os principais ativos de alumina e bauxita da Alcoa estão no Brasil.
“O Brasil precisa urgentemente de mudanças – acrescentou Tito Martins, da Abal e diretor presidente da Votorantim Metais – o custo de energia é muito elevado, e a logística é cara”. Para o presidente da Novelis, apesar disso, a indústria passa por um momento interessante. “Com este mesmo nível de poder de compra, podemos dobrar o consumo no Brasil”, acredita Nardocci.
O encerramento da mesa redonda com os executivos foi feito por Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho de administração do grupo Gerdau. Apresentando o painel Fatores que Influenciam a Competitividade Brasileira, o empresário frisou que “os problemas que o alumínio tem, o Brasil todo tem. Por isso, os setores de manufatura precisam trabalhar em conjunto. São desafios políticos, e não técnicos. Nos últimos 25 anos, por 17 vezes a economia brasileira cresceu menos do que a média mundial”. De acordo com dados exibidos pelo empresário, para que a logística brasileira fosse completamente atualizada, seriam necessários R$ 600 bilhões. Contudo, a partir do mandato FHC até meados da era Lula, foram investidos somente R$ 2,5 milhões/ano. “No ano passado foram disponibilizados R$ 15 milhões, dos quais foram aplicados R$ 8 milhões. Precisamos de agilidade. Monte uma boa concorrência, que o resultado vem”.
5ª Exposição Internacional do Alumínio
Local: Centro de Exposições Imigrantes | São Paulo - SP
Data: 1 a 3 de abril de 2014
Horário da Exposição: 3ª a 5ª das 11h às 20h
Horário do Congresso: 3ª a 5ª das 09h às 18h
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