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O ano de 2014 será um período difícil para as montadoras. Não bastasse o fim dos incentivos tributários que a indústria automobilística recebeu nos últimos anos e os obstáculos para exportar para a vizinha Argentina, as fabricantes se veem às voltas com a dificuldade em usar o financiamento para dar um impulso às vendas de veículos no país.
Desde o ano passado, as grandes montadoras tentam atrair a clientela de volta à concessionária com a promessa de crédito barato, usando taxas de juros subsidiadas pelas fabricantes - as famosas "taxas zero". As vendas, porém, não reagem e acumulam queda ante o mesmo período de 2013.
Pior: com o encarecimento do custo de captação do sistema financeiro, os dias de "taxa zero" tendem a ficar mais raros. Dados da associação que reúne os bancos de montadoras (Anef) mostram que a taxa média de juros dessas instituições passou de 1,25% em janeiro de 2013 para 1,33% em 2014.
No acumulado das vendas entre janeiro e março deste ano, a indústria automobilística mostra retração de 2,7% ante o mesmo período de 2013. Os números incluem utilitários leves, veículos de passeio, caminhões e ônibus.
"Nem na crise de 2009 as expectativas para o setor estavam tão ruins como agora", diz Décio Carbonari, presidente Anef.
Se a isca do financiamento barato já não funciona tão bem sozinha, as marcas precisaram acoplar mais benefícios na hora de vender. Na lista do que vem sendo oferecido está IPVA grátis, descontos no preço de tabela - entre 5% e 10% - ou a instalação como cortesia de acessórios como sensores de estacionamento e GPS.
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