Cade aprova criação de joint venture entre Braskem e Styrolution

O plano é construir uma fábrica de ABS no Brasil, única na América Latina.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu sinal verde para que a Braskem e a alemã Styrolution — joint venture entre as gigantes Basf e Ineos, maior fornecedora global de estireno — implementem o plano de construir no Brasil uma fábrica de ABS (copolímero de acrilonitrila butadieno estireno), material usado nas indústrias automobilística e de eletroeletrônicos.

Em despacho publicado no “Diário Oficial da União” da última quinta-feira (6), a superintendência-geral do órgão brasileiro de defesa da concorrência informou que não tem restrições à operação.

A futura indústria será a única do tipo na América Latina. O negócio foi anunciado pelas companhias em outubro do ano passado. Na ocasião, elas não informaram o investimento estimado, porém, no mercado, a avaliação era de que o aporte necessário seria entre US$ 190 milhões e US$ 200 milhões.

Desde 2006, o mercado nacional de ABS é integralmente atendido por importações, sobretudo a partir da Ásia. Naquele ano, a Lanxess fechou sua fábrica do produto no país, em razão da escala relativamente pequena e do alto custo de produção. A Nitriflex também deixou de operar uma unidade no Brasil, depois de uma tentativa de retomada de produção, em 2005, que foi frustrada pela acirrada concorrência asiática. 

“Esse é um projeto importante para o país, que volta a ter produção local, além de melhorar a balança comercial”, disse a diretora comercial de Petroquímicos Básicos da Braskem, Isabel Figueiredo, à época do anúncio da operação.

As então potenciais sócias anunciaram a assinatura de um memorando de entendimento com vistas à constituição de uma joint venture no Brasil, visando a implantar a fábrica de resinas estirênicas, com capacidade para 100 mil toneladas por ano.  A Styrolution, que teria participação de 70% na futura joint venture, contribuiria com sua “expertise no desenvolvimento e produção de estirênicos”. 


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A  Braskem, que ficaria com os 30% restantes, iria “prover infraestrutura da cadeia de fornecimento e o local” para a fábrica, disse ainda Isabel Figueiredo na mesma ocasião. A previsão na época era de que a construção começasse  em 2015 e, o início da produção, em 2017.


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