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O Comitê Brasileiro de Tratores, Máquinas Agrícolas e Florestais, ligado à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), pretende estimular a transferência de tecnologia e o desenvolvimento de normas técnicas para os equipamentos.
Criado oficialmente no ano passado, o comitê foi apresentado hoje (26) a representantes do setor, na sede da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em São Paulo. A entidade detém a secretaria técnica do comitê, que também foi criado com o apoio da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Conhecido como ABNT/CB-203, o comitê, por meio da ABNT, atua em conjunto com a International Organization for Standardization (ISO).
Atualmente, existem mundialmente 351 normas ISO e o Brasil adota cerca de 30 por meio de comitês técnicos já existentes, segundo Daniel Zacher, gestor do comitê.
Ele explica que a meta é o Brasil adotar todas as normas mundiais em cinco anos. "Iremos para um novo patamar em termos de literatura técnica para máquinas agrícolas. Em cinco anos, estaremos no mesmo nível de outros mercados", afirmou Zacher.
As principais normas referem-se a requisitos de segurança das máquinas, ergonomia dos produtos, procedimentos de testes e padronização de informações ao consumidor, conforme o gestor do comitê brasileiro.
Já existe no país o ISOBUS, que definiu a "comunicação" entre implementos agrícolas e tratores, permitindo que máquinas de diferentes fabricantes pudessem ser acopladas a diversos tratores e terem compatibilidade.
Para Zacher, a chamada normalização técnica terá um papel fundamental principalmente para empresas de pequeno e médio portes, que terão à disposição essas normas.
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Segundo dados apresentados por Zacher, o setor de máquinas, implementos agrícolas e equipamentos para irrigação apresenta cerca de 736 empresas no país, com geração de 62.318 empregos diretos.
Para o diretor da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq (CSMIA), Francisco Matturro, a normalização coloca as companhias brasileiras, a maioria familiares, "dentro das normas mundiais tanto para comprar ou para vender" [os equipamentos].
Maturro afirma que o Brasil é relativamente jovem na exportação desses equipamentos e está atrasado no quesito normalização, embora esteja avançando rapidamente.
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