O titânio é um metal altamente valorizado por sua leveza, alta resistência, resistência à corrosão e biocompatibilidade. Contudo, atualmente o titânio é muito caro para que possa ser usado de forma mais generalizada.
A técnica mais comum de extração do metal, o chamado processo Kroll, usado para extrair o metal do óxido de titânio, foi inventado na década de 1930 e, desde então, sofreu apenas pequenas melhorias.
Essa técnica, que exige temperaturas superiores a 1.800º C, mantém os preços do titânio lá no alto.
Agora, Zhigang Fang e seus colegas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo método de extração do titânio com potencial para reduzir drasticamente seu custo, tornando-o acessível, por exemplo, para a produção de peças de carros e aviões mais leves, permitindo melhorar sua eficiência de combustível.
O método reduz significativamente a energia necessária para separar o titânio do companheiro com quem ele mantém fortíssimos vínculos, o oxigênio.
Redução direta do titânio
A equipe descobriu que é possível eliminar justamente as etapas com uso mais intensivo de energia do processo Kroll.
Em laboratório, a técnica permitiu isolar o titânio com metade da temperatura do método convencional, consumindo 60% menos energia.
"O novo método envolve a redução direta do minério de titânio usando hidreto de magnésio, formando hidreto de titânio, que é a seguir purificado por meio de uma série de passos químicos de lixiviação. Reduzindo diretamente o minério no primeiro passo, o titânio é separado quimicamente das impurezas sem usar processos de alta temperatura," afirma a equipe.
Se puder ser levada para o ambiente industrial, a nova técnica é auspiciosa para o futuro do titânio, principalmente tendo em vista os esforços do governo da Noruega, que está perseguindo nada menos do que uma revolução na fabricação de peças de titânio.