Os reajustes das distribuidoras de energia e os custos de aciona- mento das térmicas já absorveram boa parte da redução nas tarifas de eletricidade para indústria, ocorrida em janeiro, após a renovação das concessões e a desoneração fiscal feitas pelo governo federal, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano, quando entrou em vigor a redução de encargos, a queda na tarifa de energia para a indústria brasileira foi, na média, de 20,8%, de R$ 332,23 por MWh para R$ 263. Porém, de janeiro a novembro, houve um aumento de 11,1%. Para a indústria fluminense, o custo da energia caiu 21,1% em janeiro, de R$ 396,93 por MWh para R$ 313,1.
Mas já subiu 9,7%, para R$ 343,45 em novembro. “O peso dos impostos, em especial do ICMS, encarece muito a energia e a produção da indústria” disse, em nota, o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. Entre as 63 distribuidoras do país, 36 já fizeram reajuste este ano, com índices entre entre 5% e 15%.
A tarifa de energia industrial mais alta do Brasil é a de Tocantins: R$ 403,91. O Rio de Janeiro ocupa o quinto lugar entre as mais altas: R$ 343,45. Na comparação internacional, o Brasil saiu do quarto para o 11° lugar no ranking das maiores tarifas de energia industrial entre 28 países