Colunista Marianna Wachelke
Fonte das imagens: www.tieknot.com
Acredita-se a que a gravata tenha surgido na corte de Luís XIV, também conhecido como Rei Sol, e desde essa época ela é razão de infinitas dúvidas para o universo masculino. Antigamente, o acessório era usado com distintivo militar, hoje é visto como detalhe imprescindível para ocasiões formais. Mas não se aflinja antes da hora, na coluna desta semana vou dar algumas dicas para não errar na hora de ficar frente à frente ao espelho e sua gravata.
Primeiro lição: gravatas com zíper, de nó pronto, são bregas. Se você tiver alguma dessas espécies em seu armário, por favor, mande adiante ou jogue naquela gaveta das meias de par perdido. Se a sua dificuldade é aprender a fazer o nó, não se preocupe, existem nós de gravatas simples.
Na Itália, com o colarinho de viés, os homens usam vários tipos de nó. No Brasil, o nó mais usado é o Meio-Windsor. Existem também mais quatro tipos de nós: o Simples, o Simples Duplo, o Nó Pequeno e o Nó Cruzado. Mas não se assuste, tudo é questão de prática. Na dúvida, imprima este manual passo-a-passo e cole no espelho do armário, junto às gravatas. Lembre-se que deixar a gravata já com o nó no cabide estraga o tecido!
Segunda lição: a gravata deve acabar na altura do cinto. Se usada dessa forma, o homem fica mais elegante e não corre o risco de parecer mais baixo ou muito alto para o conjunto. No caso de prendedores, eles estão fora de moda há uns bons anos. Se você tem e quer usar, use, mas não aconselho a comprar um.
Antes de escolher cor, largura e estampa verifique na etiqueta qual a composição do produto. As melhores são as 100% lã ou 100% seda. Isso pode parecer supérfulo, mas na hora de se vestir faz diferença e dá um ar mais elegante para o seu terno.
Agora a grande questão: com que camisa usar? Ao contrário do que muitos pensam, é permitido usar gravata com manga curta, mas não é muito clássico. Não é normal nem importante usar gravatas no tom da camisa. A gravata é uma peça independente do resto do traje. Para as demais dúvidas, fique atento à lista a seguir:
Camisa branca ou clara: Aceitam qualquer tom ou desenho de gravata mais escuro que a camisa, especialmente quando usadas com traje escuro.
Camisa azul: Tonalidade neutra e fria aceita qualquer combinação com a gravata. Tons de azul, verde, castanhos, acinzentados e bordô funcionam bem.
Camisa colorida: Gravatas lisas no tom ou com estampado que repita a cor.
Camisa cinza: Aposte nas gravatas sempre mais escuras que a camisa. Podem ter tom sobre tom, estampas ou lisas em tons de bege, castanhos, azulados, vermelhos escuro, marinhos ou pretos. O cinza aceita cores vivas em tramas ou desenhos mais elaborados (amarelo, mostarda, tangerina, violeta, vermelho fosco).
Camisa bege: Gravatas em tonalidades próximas, lisas ou estampadas em cinza, tons de azul, verdes de qualquer família e rosados.
Camisa escura: Gravatas e trajes mais escuros que a camisa. A gravata pode ser lisa, texturizada ou com micro estampas em fundo escuro. Camisa preta combina com gravata preta, marinho ou marrom escuro, nunca mais clara que a camisa.
Camisas estampadas: Camisas xadrez, listrada ou com micro estampas podem ser usadas com gravatas em ambientes informais. Repita na gravata as cores da estampa da camisa para criar uma unidade nos tons mas, na dúvida, não arrisque.
Nó Clássico (ou Windsor): Para ser utilizado em camisas com colarinhos largos ou onde a distância entre as duas pontas é grande.
Nó Semi Clássico (ou semi-Windsor): Indicado para ser utilizado nas camisas de colarinho padrão nem largo nem estreito. É um nó adequado para gravatas de seda ou de outro tecido leve.
Nó Esportivo (ou four-in-hand): Este tipo de nó possui um visual mais descontraído. É utilizado para colarinhos estreitos e golas pouco pontudas.