A Randon reduziu em 46% as suas exportações originadas da Argentina, onde mantém uma fábrica de implementos rodoviários, como reboques e semi-reboques, na região de Rosario. De acordo com dados da empresa, em 2012 a exportação caiu de 665 para 354 unidades. O patamar de vendas externas da unidade argentina deve permanecer estável este ano.
A empresa realizou em 2011 um investimento de US$ 8 milhões para dobrar a sua capacidade de produção de cinco para dez unidades por dia em Alvear. A ideia era usar a unidade da Argentina pra exportar a outros países, inclusive o Brasil, lançando mão de algumas vantagens competitivas da Argentina, como o aço mais barato, por exemplo.
A unidade faturava então US$ 38 milhões, o equivalente a 2% da receita líquida consolidada do grupo. Graças à manutenção das vendas para o mercado interno, a receita teve pequeno crescimento em dólar, atingindo US$ 38,9 milhões. Em real, o faturamento da unidade argentina foi R$ 79,5 milhões. A meta de dobrar a produção ficou para mais adiante.
A redução do mercado brasileiro foi o principal fator para a queda das exportações. A venda de caminhões no Brasil caiu 40% no ano passado e as unidades enviadas da Argentina para a matriz brasileira caíram de 439 para 128. O segundo maior mercado da unidade argentina é o Uruguai, que adquiriu 96 unidades.
"Em 2013 o mercado interno continuará sendo o foco da indústria na Argentina. Nosso índice de nacionalização da produção foi elevado de 70% para 80% e deve subir mais. O mercado argentino deve fechar o ano com 12 mil unidades vendidas e temos uma fatia de 8%", disse o diretor de exportação da Randon, César Pissetti. A empresa se instalou na área de Rosario em 1994.
Por César Felício/ Valor Econômico