Para não ficar atrás da BMW, que já assinou protocolo para construção de fábrica em Araquari (SC), e da Audi, que sinalizou o interesse de voltar a produzir no Brasil, e principalmente para não perder competitividade frente ao Inovar-Auto, novo regime automotivo que dá incentivos a produtoras locais até 2017, a Mercedes-Benz finalmente começou a avaliar diversos estados brasileiros para construção de uma fábrica de veículos.
A assessoria de imprensa da companhia explica que existe um programa global do grupo, iniciado no ano passado, que visa aumentar a produção de automóveis em todo mundo a partir da instalação de novas plantas. Os países que apresentarem maior atratividade deverão ser os escolhidos. O Brasil, quarto maior mercado global de veículos, não está de fora e passa pelo “processo seletivo”, que deve ser definido até o segundo semestre deste ano.
Isso significa que vários estados brasileiros estão sendo avaliados pelos representantes da empresa. São Paulo e Minas Gerais, ainda de acordo com a assessoria de imprensa, são fortes candidatos por já terem instaladas fábricas de caminhões da Mercedes-Benz. As negociações com os governos de ambos os estados já começaram e as plantas de Juiz de Fora (MG) e de São Bernardo do Campo (SP) poderiam ser aproveitadas para o plano.
A Mercedes não confirma, mas de acordo com informações do Valor Econômico, nos últimos dias, funcionários da empresa visitaram terrenos do norte de Santa Catarina e conversaram com autoridades locais. Um dos municípios catarinenses cotado seria Joinville, que contará com estrutura de fornecedores, logística e mão-de-obra por conta da chegada da BMW em Araquari.
Outra hipótese levantada pelo presidente global do Grupo Daimler, Dieter Zetsche, seria o compartilhamento de produção com a Renault Nissan, com quem a Mercedes já mantém pareceria em outros países. Neste caso, a planta da Nissan em Resende (RJ), prevista para o primeiro semestre de 2014, poderia produzir também automóveis da Mercedes-Benz.