Fonte: Inovação Tecnológica - 15/06/07
Lâmpadas planas, finas como folhas de alumínio, que não precisam de suportes metálicos, super-leves, podendo se adaptar a qualquer ambiente e servindo inclusive a aplicações médicas. Essa é a novidade apresentada por pesquisadores da Universidade de Illinois, Estados Unidos.
Lâmpadas de plasma
As novas lâmpadas são formadas por um sanduíche de duas folhas de alumínio separadas por uma finíssima camada isolante de óxido de alumínio (safira). O que faz essa estrutura emitir luz é uma série de pequenas cavidades cheias de gás, que penetram a folha de alumínio superior e a camada de safira.
Essas cavidades, com o formato de um diamante, são depósitos de plasma, que emitem luz sob a ação de uma corrente elétrica. O princípio é o mesmo das lâmpadas fluorescentes, só que as lâmpadas de plasma dispensam refletores e até mesmo os invólucros e suportes metálicos.
Por cima da folha superior de alumínio vai uma camada de vidro de 0,5 milímetro de espessura, com o lado interno recoberto por uma película de fósforo de 10 micrômetros de espessura. Com isso, todo o painel de lâmpadas de plasma tem uma espessura total de apenas 800 micrômetros, ou 0,8 milímetro.
"Construídos de folhas de alumínio, safira e minúsculas quantidades de gás, os painéis têm menos de 1 milímetro de espessura e podem ser pendurados na parede como se fossem quadros," explica o professor Gary Eden.
Lâmpadas de plasma feitas de folhas alumínio superam lâmpadas incandescentes
As lâmpadas de plasma poderão ser utilizadas para iluminação residencial e comercial e também para algumas aplicações biomédicas. Para se produzir lâmpadas de várias cores, basta alterar o gás no interior das microcavidades e o fósforo utilizado.
"Cada lâmpada tem o diâmetro aproximado de um cabelo humano," explica Sung-Jin Park, outro membro da equipe que desenvolveu as novas lâmpadas. "Nós podemos colocar um conjunto de mais de 250.000 lâmpadas em um único painel."
Eficiência energética
No atual estágio da pesquisa as lâmpadas de plasma têm uma eficiência de 15 lumens por watt. Os pesquisadores afirmam ser possível chegar aos 30 lumens por watt quando o projeto do painel e da geometria das microcavidades estiver totalmente otimizado. Uma lâmpada incandescente tradicional tem uma eficiência entre 10 e 17 lumens por watt.
Embora o painel de lâmpadas de plasma seja seis vezes mais fino do que um painel de LEDs, o consumo de energia ainda não é o ideal. O gasto de energia das lâmpadas de plasma fica muito acima dos LEDs, em um nível intermediário entre as lâmpadas fluorescentes e as lâmpadas incandescentes.
Lâmpadas curvas
Os pesquisadores também construíram conjuntos de lâmpadas de plasma seladas no interior de um invólucro de plástico transparente. Essas lâmpadas flexíveis abrem novas oportunidades para o design de sistemas de iluminação, que poderão ser instalados sobre superfícies curvas - como no interior de pára-brisas de carros, por exemplo.
As lâmpadas curvas também poderão ser utilizadas como bandagens foto- terapêuticas para tratar determinadas doenças, como a psoríase.