Fiat: gestão ambiental consome R$ 30 milhões

Ações na fábrica de Betim visam redução na geração de resíduos e no consumo de água e energia elétrica

Nos últimos cinco anos, a Fiat investiu mais de R$ 30 milhões em gestão ambiental, ações que tentam minimizar a geração de resíduos e reduzir o consumo de energia elétrica e de água na fábrica de Betim (MG). A planta registra queda contínua dos indicadores: neste período, para cada veículo produzido, o consumo de energia elétrica caiu 57%, enquanto o consumo de água teve queda de 70%. A geração de resíduos diminuiu 48% e a reciclagem de papel e papelão no período foi equivalente à preservação de mais de 1 milhão de árvores, informa a montadora.

Entre as medidas para redução dos indicadores foi a construção do complexo de tratamento de efluentes líquidos, em operação desde 2010, cujo índice de recirculação de água chega a 99%, evitando o uso da água potável da rede pública para uso industrial. Desde 2011, todos os resíduos gerados são encaminhados para reciclagem e reaproveitamento, o que resultou no projeto Aterro Zero, levando a Fiat a ser a primeira fábrica de automóveis do País a estabelecer esta meta. 
 
“Os materiais anteriormente enviados para os aterros licenciados foram alvo de pesquisas e estudos, na busca por novas destinações. Um exemplo foi o papel liner, comum em rótulos e etiquetas. Como verdadeiros detetives, nossa equipe identificou uma empresa em Pernambuco que desenvolveu uma técnica para reciclagem desse tipo de papel. Em vez de seguir para o aterro, retorna ao processo produtivo”, explica Cristiano Felix, gerente de meio ambiente, saúde e segurança do trabalho da Fiat Chrysler para a América Latina. 
 
A gestão ambiental inclui ainda a utilização de novas tecnologias com foco na redução da emissão de CO2 e uso de fontes renováveis de energia. Nas vias internas da fábrica, postes com placas fotovoltaicas foram instalados em 2010 e são capazes de armazenar energia durante o dia e consumi-la quando necessário. A montadora também criou, em 1998, um sistema de reciclagem de poliestireno expandido (isopor), que reduziu em 50 vezes o volume do material. “Como resultado dessa tecnologia, deixamos de fazer cerca de nove mil viagens de caminhão para a destinação correta desse resíduo”, completa Felix. 
 
Outros materiais considerados refugos (resíduos) na produção de veículos, tais como aparas de cinto de segurança, tecido automotivo e pequenas peças são destinadas à Cooperárvore, cooperativa do projeto Árvore da Vida, que emprega 22 mulheres: elas os transformam em matérias primas para produção de ecobags, bolsas, mochilas, pastas, nécessaires, carteiras, chaveiros entre outros acessórios.