Descarbonização e transição energética

Exclusiva

Durante o congresso realizado pelo Instituto Aço Brasil no início de agosto, dentre todos os temas inerentes ao setor siderúrgico, a descarbonização e transição energética ocuparam destaques nas suas apresentações. Sabemos que, de todos os setores industriais, a siderurgia é uma das grandes demandantes intensivas de energia, seja diretamente na geração de calor ou como parte do próprio processo, tornando-se, assim, um setor com grandes emissões de carbono.

É óbvia a preocupação com o meio ambiente e com as alterações climáticas que vêm ocorrendo no planeta, causando danos principalmente às condições da vida humana. Muitos esforços para redução das emissões de carbono e o consequente controle da temperatura global estão sendo estudados, analisados, sugeridos, com metas, indicadores e prazos a serem alcançados.

À parte de toda essa preocupação, olhando para o outro lado que é também necessário à sobrevivência de todos nós, temos as indústrias que produzem bens, serviços, alimentos e tantos outros segmentos que precisam continuar existindo, gerando emprego e renda, comercializando seus produtos não só no mercado interno, como também no internacional.

E é nesse contexto que o Brasil leva imensa vantagem, desde que saiba gerenciá-la, não só com os compromissos com a redução das emissões de carbono, como também da ampla participação para demonstrar à comunidade internacional sua produção industrial com baixa emissão de carbono.

Hoje, já assistimos países que estão se utilizando de controle e certificação das emissões de carbono contidas em cada produto cujo origem seja fora de seus territórios ou sua comunidade como barreira comercial para suas transações internacionais.


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A indústria brasileira vem perdendo participação no crescimento do PIB, não só pelas condições econômicas internas (baixa renda per capita, falta de mão obra especializada, atualização tecnológica ainda atrasada, dentre outras tantas mazelas), mas também pela sua inércia em estabelecer suas próprias metas e ser protagonista de seu próprio crescimento e expansão internacional.

Segundo dados do Comex Stat/dic, no gráfico podemos ver o quanto a indústria precisa ser
mais proativa na sua participação.

Existem oportunidades diversas de treinamento qualificado ofertado por sindicatos patronais e pelas federações que não estão sendo plenamente utilizadas pela indústria.

A busca por soluções tecnológicas, inovação, automação, precisa ser mais intensiva para redução de custos resultados de aumentos de produtividade e conquista de novos mercados.

Associado a esse crescimento, defesa comercial contra "barreiras ambientais internacionais" será fundamental, e temos também atuação possível com o apoio da CNI para divulgação e defesa da nossa produção, mas precisamos realmente formar uma grande coalisão industrial de divulgação das informações relevantes e adequadas dos nossos processos de produção, de fontes de energia limpa e renováveis.

Dentre os principais países que integram o G20, o Brasil figura como uma das matrizes mais limpas para geração de eletricidade.

É prioritariamente sobre essas vantagens competitivas naturais que a indústria precisa realmente reagir e se reinventar, contribuindo para o crescimento do país e da melhoria das condições climáticas do nosso planeta.

*Imagem de capa: Depositphotos.com

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Carlos Eduardo de Sá Baptista

Presidente do Centro Empresarial das Indústrias Metalúrgicas do Município do Rio de Janeiro.

Indústria Metalmecânica - Rio de Janeiro

CEM RIO – CENTRO EMPRESARIAL DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

O SINMETAL – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas no Município do Rio de Janeiro foi fundado em 09 de setembro de 1937. Sua História é de glórias! Apesar das várias transformações vividas ao longo de sua existência, pode-se afirmar, pela leitura de seus arquivos, que é verdadeira fonte da História Industrial Brasileira e até hoje, mesmo diante dos momentos mais difíceis, das crises econômicas, políticas e sociais que o Brasil e o Rio de Janeiro sofreram, nestes 86 anos de sua existência, os princípios que nortearam a Entidade sempre foram os da transparência, da ética e de muita luta em busca de uma economia estável, da geração de renda e emprego, do crescimento industrial, do bem-estar social e do fortalecimento das empresas, independentemente do seu tamanho, faturamento ou condição econômica.

Em 2021 o SINMETAL criou o CEM RIO, um Comitê Empresarial referência para interação dos negócios no Rio de Janeiro, agindo como um fórum de discussões, sugestões e busca de soluções para o segmento.

Em 2022, o Comitê passou a ser considerado como um Centro Empresarial e o nome CEM RIO – CENTRO EMPRESARIAL DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO foi aprovado para constar do Estatuto da Entidade como seu nome de marca. Na prática, portanto, será conhecido como CEM RIO e dele poderão participar empresas metalúrgicas e outras que exerçam atividades afins ou com interesses similares, que desejarem participar do CEM RIO.

Assim todas as atividades sociais serão conduzidas pelo CEM RIO, um nome que nasceu forte, um Centro que reúne empresários com o objetivo principal de fortalecer as micros, pequenas, médias e grandes empresas.