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Talles José de Oliveira | 08/08/2017
Notícias
A indústria brasileira de petróleo e gás está passando por um período de grande transformação. Com uma infraestrutura robusta para as atividades de exploração e produção, o país liderou a produção global de hidrocarbonetos em águas profundas e ultraprofundas e expandiu consideravelmente suas oportunidades de crescimento nos últimos anos, após importantes descobertas de petróleo leve na camada do pré-sal. O processo de extração varia de acordo com a profundidade em que o produto se encontra. O que isso significa? Que temos muitas oportunidades e, com elas, também muitos desafios tenológicos. Convidamos você a entender melhor o que temos trabalhado no setor.
Desafios do Setor
Como as profundidades do petróleo do pré-sal ultrapassam 7 mil metros em relação ao nível do mar, é preciso um domínio tecnológico avançado para extraí-lo sob os 2 km do estrato de sal, a 300 km da costa brasileira. Os materiais para prospecção e extração são submetidos a variações de temperaturas superiores a 80 graus Celsius. Tal complexidade de processo conta com envolvimento de universidades e centros de pesquisa, utilização de sondas de perfuração, plataformas de produção, navios, submarinos, com recursos que movimentam toda a cadeia produtiva.
Parte desta cadeia está diretamente ligada ao controle da qualidade dos componentes produzidos para extração deste petróleo em águas profundas. Tamanha é a importância da questão de qualidade nesta indústria, que o American Petroleum Institute (API), mais importante instituto norte americano do setor, desenvolveu e mantém especificações, que se tornaram normas compulsórias à produção de conexões roscadas, utilizadas em tubulações de petróleo. São as Roscas API.
As especificações 5B, 11 B e 7-2 (API Spec 5B, API Spec 11B e API Spec 7-2) tratam diretamente da especificação de conexões roscadas e como as mesmas devem ser inspecionadas por padrões que fazem parte de uma cadeia de rastreabilidade.
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A calibração de Roscas API no Brasil
A cadeia de rastreabilidade de calibradores roscados, segundo as especificações do API, se organizam da seguinte maneira:
a) Working Gauges: estão na base da cadeia de rastreabilidade, estes calibradores são utilizados na manufatura, na verificação das conexões roscadas da indústria do petróleo e gás;
b) Reference Master Gauges: posicionados na cadeia de rastreabilidade logo acima dos padrões de trabalho, estes masters são utilizados para calibração dos padrões working e estão geralmente presentes nos laboratórios de calibração;
c) Regional Master Gauges: são calibradores master pertencentes à uma instituição de metrologia reconhecida pelo API, utilizados por sua vez na calibração dos calibradores Reference Master Gauges (no Brasil, representado pelo INMETRO);
d) Gran Master Gauges: no topo da pirâmide, são os calibradores master pertencentes à uma instituição de metrologia reconhecida pelo API, utilizados na calibração dos calibradores Regional Master Gauges (somente disponíveis no NIST, nos EUA).
Em iniciativa conjunta com o INMETRO, a CERTI, por meio da Rede Sibratec RP2M, buscou aproximação com o NIST e com o API, e neste contexto foram incorporadas tecnologias, adquirida infraestrutura e desenvolvidos métodos e procedimentos de calibração, com o objetivo de oferecer ao setor de Óleo e Gás, serviços de calibração de calibradores roscados API no Brasil.
A CERTI se destaca atualmente neste cenário, por sua acreditação junto ao INMETRO, por desenvolver o know-how e possuir um conjunto de padrões Reference Masters. Posicionando-se como único laboratório no Brasil a oferecer à seus clientes a calibração de todos os parâmetros dimensionais dos calibradores API, incluindo os requisitos dos ensaios funcionais: Mating Standoff e Interchange Standoff.
Quer saber mais sobre como a CERTI atua para promover a metrologia? Entre em contato conosco!
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