por Marcos Pacheco    |   15/12/2016

Dicas para os cuidados com o óleo solúvel em tempos de baixa produção e férias coletivas

Em tempos de baixa produção ou até mesmo no período de férias coletivas, o cuidado com máquinas e, principalmente, com a emulsão de óleo solúvel nos reservatórios deve ser ainda maior. Afinal, é justamente nestas ocasiões que o óleo refrigerante costuma ficar sem movimentação e sem a devida reposição de concentrado, o que aumenta o risco de contaminação e, consequentemente, pode levar à perda precoce da solução.

A boa notícia é que existem algumas práticas que ajudam a manter o óleo solúvel no reservatório sempre em condições ideais de uso, garantindo a qualidade da emulsão e os valores equilibrados conforme especificado pelo fabricante. 
Esses cuidados consistem basicamente em controlar o pH (potencial de hidrogênio), a taxa de diluição (Brix), remover o trampoil e, eventualmente, corrigir a emulsão caso a mesma apresente algum desvio. 

O pH de uma emulsão de óleo solúvel deve ficar entre 8,5 e 10,5, ou seja, uma solução alcalina. Caso ocorra a redução do pH, isso significa que a solução está contaminada e o número de microrganismos começou a crescer. Nesse caso, é necessário corrigir a solução com preservante para eliminar a contaminação microbiana e com alcalinizante para corrigir o pH. É importante ressaltar que se o pH estiver abaixo de 7, deve-se optar pela troca da solução no reservatório. Existem diferentes maneiras de medir o pH, mas a mais simples e utilizada é a fita de medição de pH, que pode ser encontrada facilmente para compra.

A taxa de diluição, medida com um refratômetro em escala Brix, serve para verificar a concentração de óleo que a solução possui no reservatório. Caso esta concentração esteja abaixo do especificado pelo fabricante, também é necessária a correção, que pode ser feita acrescentado óleo na solução, lembrando que é importante seguir as orientações do fabricante para isso, pois se o reservatório contar com mais água que o determinado, as partes metálicas da máquina podem ser danificadas pela corrosão. 


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O trampoil são óleos estranhos (barramento e hidráulico) que caem no reservatório da máquina. Esses óleos dificilmente se misturam na emulsão e, como consequência, criam uma nata na superfície do reservatório, o que impede a oxigenação do óleo e leva à redução do pH. Para remoção dessa camada na superfície utiliza-se um Skimmer, que é cada dia mais comum em máquinas operatrizes. 

Por fim, é imprescindível que as indústrias recorram à assessoria prestada pelo fabricante do óleo solúvel, para assim garantir o devido controle e a qualidade da emulsão presente no reservatório de cada máquina. 

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

Marcos Pacheco

Perfil do autor

Formado em Engenharia Química pela Unicamp, com pós graduação em marketing, trabalha há mais de 30 anos no desenvolvimento de produtos e assistência técnica à clientes, nas áreas de lubrificantes e tintas. Hoje atua como Químico Sênior da Quimatic.