A alta da inflação, baixa do PIB, disparada do dólar, crescimento do número de empresas que abriram falência, queda do tíquete médio de consumo no varejo, aumento de impostos, entre outras consequências de uma economia turbulenta marcaram os negócios no Brasil em 2015.
No início do último trimestre do ano, alguns gestores torcem para o encerramento do ano e a virada para 2016 com projeções melhores. Mas, o que ainda esperar de 2015?
A realidade é que muitos segmentos foram impactados com o cenário político econômico do Brasil e poucos empreendedores conseguiram fazer de 2015 um ano positivo para os negócios. Aqueles que se destacaram foram ousados e buscaram inovar dentro do segmento de atuação ou expandiram as fronteiras para buscar novos mercados potenciais.
É preciso ter os pés no chão e lembrar que a virada do ano não deixará para trás o cenário econômico vivido em 2015, por isso, de nada resolve esperar o terceiro trimestre se encerrar para que um “milagre” aconteça em 2016.
Para ajudá-lo a buscar novas perspectivas, separei algumas sugestões que podem transformar seus negócios:
- Análise interna e externa: entenda a colocação e importância da empresa no mercado, avalie os recursos financeiros, capacidade de produção e qualificação dos profissionais, identifique quais são as oportunidades e ameaças que o mercado oferece, avalie a concorrência e a possibilidade de ultrapassar fronteiras. Com essa análise é possível concluir se é preciso corte de recursos financeiros, investimento em qualificação profissional dos colaboradores ou inovação e expansão.
- Inovação: neste ano, os negócios que mais faturaram foram aqueles que trouxeram novidades para o mercado, ou seja, saíram da zona de conforto e buscaram destacar-se da concorrência por oferecer uma solução inexistente ou pouco explorada pelo mercado. Com a análise interna e externa, os leques se abrem, ou seja, é possível ter uma visão mais detalhada do seu consumidor e das necessidades do seu público. Em tempos de crise, algumas empresas acreditam que retrair é uma atitude de proteção do negócio, porém deixar de inovar pode ser ainda mais arriscado do que manter a atuação. Pense nisso.
- Expansão: se as projeções da economia nacional não são das melhores, o que acha de expandir e levar seu produto para outro país? A possibilidade pode parecer remota ou voltada apenas para empresas grandes, porém essa também pode ser uma realidade vantajosa para o PME, já que atualmente algumas empresas nacionais auxiliam empreendedores brasileiros a atuarem em outros países. Abrir uma filial fora do Brasil pode ser um trunfo que ajudará a filial a enfrentar a turbulência econômica vivida atualmente.
- Projeções: com o início do último semestre do ano, chegou a hora de projetar 2016 e começar a fazer os planejamentos e análises, a fim de proteger a empresa de uma possível piora do cenário político e econômico nacional. Comece a criar seu planejamento estratégico do próximo ano e coloque-o em prática no último mês de 2015 para entrar no mês de janeiro estruturado para as possíveis mudanças do mercado, sejam elas positivas ou negativas.
- Avaliação: avalie de forma minuciosa os resultados obtidos neste ano. Coloque na ponta do lápis ganhos e perdas mês a mês, pois esta avaliação aprofundada também irá respaldá-lo nas projeções ou novos planos da empresa.
- O final do ano está se aproximando, mas muita água pode passar por baixo da ponte e nadar contra a maré pode parecer loucura, mas o colocará em evidência no mercado e resultará em bons frutos.
Pensar à frente nos coloca em patamares mais altos.
O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Alcides Rocha
Perfil do autor
Formado em administração de empresas e pós graduado em planejamento empresarial e finanças, Alcides Rocha é especialista em Governança Corporativa e Presidente da Finance365. Com mais de 40 anos de experiência em gestão de empresas atuou responsável de Governança Corporativa em instituições financeiras como, Banco Rendimentos S.A e Holdings, UNION S.A – Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios, Banco Pine, Banco BMC, Banco Cooperativo do Brasil, BANCO Credibanco S/A – associado ao Bank of New York e Banco Real.